"Troca de Família" aumenta audiência na 3ª temporada

Troca de FamíliaAposta da RecordTV para enfrentar a liderança da Globo no horário nobre, o reality showTroca de Família” vem conseguindo suas maiores audiências desde sua estreia em 2006.

O programa, que troca as mães de duas famílias totalmente diferentes, obteve 13 pontos de ibope na última terça-feira, dia 20 de janeiro e 15 na estreia da terceira temporada no último dia 13 de janeiro.

Neste mesmo dia, o “Big Brother Brasil 9”, da Globo, estreou com 37 pontos; na última terça, dia de paredão, a audiência caiu para 32 pontos.

Apesar de ter ficado em segundo lugar, a atração da Record aumentou sua audiência em comparação com as temporadas anteriores, que registravam médias que variavam entre 9 e 12 pontos de ibope.

A Globo, ao contrário, registrou o segundo pior ibope na estreia do “BBB 9” em todas as edições do programa, com 37 pontos. Cada ponto equivale a cerca de 60 mil residências na Grande São Paulo.

Contraste:
O diretor de “Troca de Família”, Johnny Martins, atribui o crescimento justamente ao tema família do programa que, segundo ele, acaba divertindo gente de qualquer geração ou estilo. “É um programa que agrada todo mundo e em toda cidade que a gente vai, a gente percebe que as pessoas se projetam no programa e perguntam como seria se fosse com elas”, diz.

Martins admite que a fórmula não tem nada de extraordinário: a ideia é jogar com tipos contrastantes de famílias no momento de fazer a troca das mães. “A gente sempre escolhe famílias ‘bizarras’, que tem diferença de idade entre o casal, amantes, traição, filhos homossexuais…”, afirma o diretor.

No primeiro programa da atual temporada, a mulher de um delegado foi viver em uma comunidade hippie. No segundo, foi a vez de uma professora de educação física viver em uma casa de fumantes. Para completar o impacto, depois dos conflitos com a nova família, a mulher tem de escolher como gastar um prêmio de R$ 25 mil na outra casa.

Na tentativa de não desgastar a fórmula, o programa terá novidades nesta temporada. Contará, por exemplo, com a participação de uma família da Argentina e outra de Portugal. Em um dos programas, serão os pais que trocarão de casa.

“Terapia”:
O caso que mais chamou a atenção nesta temporada do programa ainda não foi ao ar. No último dia 7 de janeiro, uma das mães participantes do reality, a cantora Deborah de Carvalho Prado, 46, cometeu suicídio. Ela formava com o marido Oswaldo Vecchione a banda de rock Made in Brazil.

Em seu depoimento no programa, ela afirmou que o casamento passava por uma crise, que ela sofria de depressão e um suposto caso extra-conjugal do marido é mencionado. A direção da Record ainda tenta negociar com a família se o programa será ou não exibido.

O diretor do programa informou que está sendo feita uma edição que não traga embaraço para a família, inclusive com a inclusão de uma homenagem à cantora. Martins vê no episódio, porém, o envolvimento das famílias com o reality.

“É incrível como as pessoas abrem o armário e mostram o esqueleto. Elas vão com determinação de falar e abrir as coisas, exorcizar os problemas, debater e superar, consideram uma terapia participar do programa”, afirma.

Reproduzido da Folha Online.

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